Startups paraibanas mostram resultados em evento no Sebrae

Aproximar ainda mais empresas paraibanas de possíveis investidores foi o objetivo do Conecta, evento realizado nesta quarta no auditório do Sebrae, em João Pessoa. As startups em questão são projetos aprovados nos editais Centelha e Tecnova, lançados localmente pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq-PB). Representantes do Sebrae, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Parque Tecnológico da Paraíba, do Banco do Nordeste, da Secretaria Executiva de Ciência e Tecnologia do Estado e do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação participaram das apresentações e debates.

“No dia de hoje estamos dando um passo muito importante da direção de estimular investidores a acreditar e apostar naquilo que é gerado na Paraíba, que são as startups paraibanas”, afirma Luiz Alberto Amorim, diretor técnico do Sebrae. “Tudo o que a gente produz aqui de startup termina tendo que recorrer a capital externo. Ou vai para os investidores paulistas ou vai ter que buscar capital estrangeiro. Ao investidor local que tem um recurso, ao invés de aplicar num investimento bancário, que faça um investimento nas startups que temos aqui”.

Para ele, a tendência é insistir com o tema para que as pessoas conheçam melhor esses negócios inovadores. A receptividade é boa, mas há ainda esse desconhecimento da mecânica do processo. “Sempre o cálculo de quem quer investir é saber do risco. Agora, o risco é inerente em qualquer operação de investimento. Quando você tem um encontro com startups que vêm apresentar suas ideias, seus negócios, você tem informação suficiente para calcular”. Os programas Centelha e Tecnova são promovidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Finep, e executados na Paraíba pela Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia (Seect) e pela Fapesq-PB. E são destinados a startups em diferentes estágios de criação e atividade.

“O Centelha permite que uma ideia na cabeça de qualquer pessoa possa se transformar em algum produto ou algum processo inovador e, a partir daí, conquistar a sociedade, conquistar o mercado”, explicou Sílvio Rossi, gerente de Inovação e Empreendedorismo da Fapesq-PB. “E o empreendedores que chegarem ao final do Centelha têm a oportunidade de participar do Tecnova. Este é o que garante a escalabilidade, a aceleração do processo de inovação, que consolida a empresa que foi criada com o Centelha”. “A importância do evento é fazer com que, não só os participantes aqui, mas aqueles que puderem acessar as informações que vamos disponibilizar, conheça o que a Paraíba está fazendo de novo com que esses dois programas”, continuou ele. A primeira edição do Centelha aprovou 26 projetos, a primeira do Tecnova, 25. A segunda edição do Tecnova contratou 18 empresas que começaram a receber os recursos financeiros, entre R$ 170 mil e
R$ 280 mil.

Renato Félix