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Sensores de monitoramento de deslizamentos são instalados em nove cidades

publicado: 27/09/2016 15h13, última modificação: 19/10/2018 09h50

 

A primeira etapa do projeto de monitoramento de morros para prevenção de deslizamentos do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden) foi concluída.

Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, foi a última de nove cidades selecionadas para receber equipamentos de alta tecnologia para o acompanhamento de encostas. No município, foram instaladas 100 Estações Totais Robotizadas (ETR) em áreas vulneráveis.

A ETR é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 espelhos instalados nas áreas consideradas vulneráveis. Esses sinais permitem captar até pequenas movimentações de terra, abrangendo uma área em 360 graus e com até 2,5km de extensão.

Os dados coletados pelos equipamentos são enviados, via internet, ao Cemaden, em São José dos Campos (SP), e contribuem para as pesquisas sobre movimentação de terra em morros e encostas.

Segunda etapa

Na segunda etapa do projeto, o Cemaden vai instalar 15 plataformas de coleta de dados, compostas por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo. Esses equipamentos vão fornecer informações sobre a quantidade de chuva acumulada e de água no solo, gerando possíveis alertas de risco de deslizamentos.

"Com esses equipamentos e essas informações, poderemos saber quando emitir um alerta de forma antecipada. Apenas com a ETR, podemos emitir um alerta com alguns minutos de antecedência. Com as plataformas, teremos condição de emitir esse alerta com até duas horas, o que é extremamente importante para evacuar a área de risco", disse o coordenador do projeto, Rodolfo Mendes.

As plataformas serão instaladas nos mesmos municípios da primeira etapa do projeto: Mauá (SP), Santos (SP), Blumenau (SC), Salvador (BA), Recife (PE), Angra dos Reis (RJ), Nova Friburgo (RJ), Petrópolis (RJ) e Teresópolis (RJ). A previsão é que as cidades recebam os equipamentos no primeiro semestre de 2017.

"A escolha dessas cidades para integrar o projeto-piloto é por se tratarem de regiões que tiveram a ocorrência de desastres naturais recentemente e, por isso, podem estar mais suscetíveis a novas ocorrências. Nesse primeiro momento, estamos reunindo dados para entender, cientificamente, como ocorrem os deslizamentos. A partir daí, podemos fazer estudos nesse campo", afirmou Mendes.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações