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Casos de coronavírus no Brasil em 2 de abril
Secretarias estaduais de saúde contabilizam 6.932 infectados em todos os estados e 246 mortos.
Por G1 — São Paulo
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 8h55 desta quinta-feira (2), 6.932 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 246 mortes pela Covid-19.
Sergipe confirmou duas mortes pela doença no estado: uma mulher de 61 anos que era diabética, hipertensa, com histórico de doença vascular periférica; e um homem de 60 anos, hipertenso, que havia chegado de São Paulo há 15 dias.
MAPA DO CORONAVÍRUS: Brasil confirmou 2.000 casos em dois dias; veja cidades
O Ministério da Saúde atualizou seus números nesta quarta-feira (1º), informando que o Brasil tem 241 mortes e 6.836 casos confirmados de coronavírus.
O avanço da doença está acelerado: foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (de 26 de fevereiro a 21 de março). Outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (de 21 a 27 de março) e quase 4.000 casos de 27 de março a 1º de abril, quando a contagem acumulada bateu quase 7.000 infectados.
Casos de coronavírus no Brasil
1º caso confirmado em 26 de fevereiro, e 1º morto em 17 de março; os dois eram do estado de SP
Fonte: Ministério da Saúde até 15 de março; secretarias estaduais da Saúde a partir de 16 de março.
23 mil testes de coronavírus à espera do resultado
Covid-19: Brasil tem ao menos 23 mil testes de coronavírus à espera do resultado
O Brasil tem ao menos 23,6 mil testes do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ainda à espera do resultado. Esse número é 3,4 vezes maior que o total de casos confirmados (6,9 mil) neste balanço das secretarias de Saúde. Para especialistas ouvidos pelo G1, tal discrepância indica que pode haver muito mais gente com a doença Covid-19 no país.
O G1 procurou as Secretarias de Saúde de todos os Estados e do Distrito Federal para saber quantos testes estão na fila. Apenas dez responderam até o início desta manhã: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Veja mais na reportagem.
Essa subnotificação de registros tem duas causas: a falta de testagem maciça no Brasil e e a demora para finalizar essas análises já iniciadas mas não concluídas.
Pesquisadores explicam que a quantidade de kits insuficiente e o gargalo na hora de analisar as amostras coletadas dificultam a realização de cálculos que mostrem o real avanço do surto no país. E fazem um alerta: como o Ministério da Saúde recomenda que sejam testados apenas pacientes graves, existe a chance de ser considerável o percentual de "positivos" nesse universo de pessoas já submetidas ao exame.
Einstein aguarda Comissão Nacional de Ética para testar plasma de pacientes curados para tratar casos graves
O Hospital Albert Einstein espera autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para começar a fazer testes clínicos com plasma de pacientes que já se recuperaram do coronavírus em doentes em estado grave. A pesquisa ainda não teve início e o protocolo para os testes dependem de avaliação prévia da comissão.
Nos Estados Unidos, a agência que regulamenta medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o tratamento experimental contra a Covid-19 usando plasma de pacientes que já se recuperaram da doença provocada pelo novo coronavírus. Um estudo feito com cinco pacientes graves internados em um hospital da China, usando o mesmo método, já demonstrou eficiência.