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Laboratório da UEPB desenvolve proteção facial para atendimento de médicos à pacientes do COVID-19. Rapidez na produção depende da colaboração de voluntários
Programa apoiado pela Fapesq produz protetor facial para médicos de UTI. Distribuição será gratuita
Por Márcia Dementshuk
O Núcleo de Tecnologias e Estratégicas em Saúde (Nutes) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) desenvolveu um protetor facial para ser usado por cima da máscara durante atendimento dos médicos à pacientes infectados pelo COVID-19 em UTIs. Esse protetor é usado por médicos na China e em outros países e dá maior proteção, o médico pode usar a máscara por mais tempo.
O protetor facial foi desenvolvido pelo engenheiro Rodolfo Castelo Branco, coordenador técnico, e Yasmine Martins, coordenadora do Laboratório de Tecnologia 3D (LT3D), que recebeu no ano passado cerca de R$ 2 milhões em investimentos do Governo da Paraíba. Segundo Yasmine, existe uma demanda de 4 mil protetores para os médicos que atendem nas UTIs dos hospitais preparados para receber pacientes infectados. Será distribuído gratuitamente para os hospitais. Mas é necessário contar com uma rede de colaboração para a impressão em 3D das viseiras.
Yasmine Martins afirma que o modelo é inspirado nos modelos da empresa Face Shield. O NUTES adapta e produz, com o mesmo grau e garantia de proteção. “Nós compramos as peças de acetato, usadas para prender e dar suporte à viseira, no comércio. As peças em acetato são descartáveis. A perfuração dessas peças será feita de forma voluntária pelas gráficas. Os elásticos também foram doados pela NC Aviamentos de Campina Grande”, fala Yasmine.
O pedido dos coordenadores do NUTES é para a impressão em 3D das viseiras. “A parte impressa 3D, que é a viseira, é reutilizável que é a placa da frente. Essa placa é impressa em impressoras 3D e estamos pedindo a colaboração de todas as instituições que têm impressoras para nos ajudar”, solicita Yasmine.
Quem pode entrar nessa rede de colaboração deve fazer contato pelo e-mail: lt3d.nutes@gmail.com.
O Protolab 3D, Laboratório de impressão em 3D da UEPB e patos já faz parte dessa rede. Segundo o professor Rodrigo Fonseca, coordenador do Protolab 3D, a UEPB fornece o material para a impressão: “Cada viseira demora em torno de uma hora e meia para impressão”, explica o Rodrigo Fonseca.
O LT3D é um laboratório que integra o Núcleo de Tecnologias e Estratégicas em Saúde (Nutes) e, por sua vez, é parte do “Centro Integrado Multiusuário de Referência em Saúde da Paraíba”. O Centro Multiusuário, é um programa do Governo do Estado da Paraíba para expandir a infraestrutura em equipamentos e locais dos laboratórios da UEPB. No ano passado, o Governo investiu R$ 2 milhões, através de edital da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq).
(Ascom/SECT)