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Pesquisadores de 21 países estão reunidos em João Pessoa para apresentar progressos de estudos
Pesquisadores de 21 países estão em João Pessoa nesta terça e quarta-feira participando do Encontro das Redes Internacionais de Pesquisa do Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted). Espanha, Portugal e países de língua espanhola e portuguesa da América Latina fazem parte dessa rede de pesquisa que existe desde 1984 para a troca de técnicas e informações entre os cientistas desses países.
A abertura foi realizada na manhã da terça, no auditório do Sesc Cabo Branco, com a presença de Cláudio Furtado, secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, e de Rubens Freire, secretário executivo de Ciência e Tecnologia. Depois, os participantes se dividiram em grupos de trabalho das sete áreas que formam o Cyted, para os debates espalhados por três hotéis da orla da capital: agroalimentação; saúde; desenvolvimento industrial; desenvolvimento sustentável; tecnologias de informação e publicação; ciência e sociedade; e energia.
Roberto Germano, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq-PB) faz parte de um comitê assessor na área de agroalimentação e teve aceita sua sugestão de ter a capital da Paraíba como sede desta reunião de avaliação, que reúne os gestores do programa e coordenadores de redes, trazendo 120 participantes à cidade. “Os coordenadores estão em João Pessoa fazendo uma avaliação de como estas redes estão funcionando em seus respectivos países”, conta.
“Estão aqui representados os coordenadores das 35 redes, mais uns 10 projetos estratégicos, para apresentar os resultados, a evolução que tenham tido, de alguma forma serem também avaliados e receberem orientações da nossa parte sobre aspectos que estejam a correr particularmente bem ou que precisem de alguma alteração”, explica o português Luís Telo da Gama, secretário-geral do programa, médico veterinário e professor na Universidade de Lisboa, também presente em João Pessoa.
“O Cyted é o mais antigo programa de cooperação ibero-americana”, conta ele. “São 2 mil pesquisadores incorporados na várias atividades do Cyted”. Ele cita pesquisas e compartilhamento de informações sobre a covid-19 como um dos momentos importantes recentes do programa.
“Nós sempre tivemos uma rede sobre vírus emergentes, aqueles vírus estranhos que um momento para outro aparecem. Basicamente ligava os especialistas em virologia e epidemiologia dos vários países iberoamericanos”, explica. “Quando surgiu essa questão da covid e ninguém sabia muito o caminho que deveria ser seguido, pensamos em tirar partido dessa estrutura que já tínhamos montada da rede sobre vírus. Foi chamada de Covidrede, e reúne-se toda sexta para intercâmbio de informação entre os países todos, e a Organização Panamericana de Saúde, para definir que estratégia devem seguir”.
Texto: Renato Félix (Assessoria SEC&T)
Foto: Delmer Rodrigues