Pesquisador da UFPB é eleito para a Academia Brasileira de Ciências

Por Márcia Dementshuk

(Ascom SectPB)

O professor Doutor Daniel Marinho Pellegrino, do Departamento de Matemática da Universidade Federal da Paraíba, é eleito membro Titular na área de Ciências Matemáticas da Academia Brasileira de Ciências, uma das mais antigas, respeitadas e prestigiadas associações de cientistas no Brasil. Os eleitos tomarão posse no dia 1º de janeiro de 2021.

Ingressar na Academia Brasileira de Ciências é estar entre cientistas que visam o desenvolvimento científico do país e são referência para o embasamento científico para a formulação de políticas públicas e tomada de decisões. Dessa forma, o professor Daniel Pellegrino pretende estar integrado aos grupos de trabalho contribuindo com seus conhecimentos: “A Academia Brasileira de Ciências reúne especialistas de todas as áreas do conhecimento, uma multidisciplinaridade importante para o tratamento de situações que são postas à ciência exigindo uma resposta experimentada. Estou falando de problemas que a sociedade enfrenta, desde a saúde, a vacinação, a alimentação, até a segurança de dados pessoais, tudo passa pela pesquisa científica; e as deliberações políticas que levaram em consideração os estudos técnicos refletirão isso no alcance dos objetivos”.

Pellegrino reconhece que o curso de graduação em Matemática nunca foi o preferido pelos ingressantes, mas os que seguem na área se destacam. “Eu vejo que o ensino da matemática na escola influencia na visão do que realmente significa a disciplina; muitas vezes afasta o aluno de um mundo exclusivamente interessante”, avalia Pellegrino.

Por outro lado, o professor ressalta o sucesso dos estudantes durante a pós-Graduação de Matemática na UFPB, a extensa produção científica e investimentos das agências de fomento em pesquisa científica nessa área.

Pellegrino integra um grupo de pesquisa que recebe apoio financeiro através do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência, o Pronex/CNPq. Essa modalidade financia projetos de grupos consolidados de pesquisas científica, tecnológica e de desenvolvimento, executado na Paraíba pela Fundação de Apoio à Pesquisa, a Fapesq. “Nosso trabalho é abstrato, difícil de explicar e entender; mas se torna claro quando eu digo que, por exemplo, os teoremas que desenvolvemos podem ser usados em aplicações de criptografia, em equipamentos de ultrassom, tomografia… É a base matemática que move a tecnologia”, elucida o professor.

Os membros eleitos da Academia Brasileira de Ciências devem receber seus diplomas durante a Reunião Magna da ABC 2021. A Academia tem 900 membros no total, entre os titulares, os afiliados, os colaboradores, os correspondentes, os associados e os institucionais.