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Óleos essenciais de plantas da Caatinga podem ser alternativa para tratamento da candidíase

publicado: 17/05/2017 14h53, última modificação: 19/10/2018 09h52


Uma pesquisa do Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) comprovou a ação de óleos essenciais extraídos das folhas de três plantas da Caatinga contra patógenos causadores da candidíase. Os estudos foram realizados pelo Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat) utilizando as espécies jatobá (Hymenaea courbaril), bálsamo (Myroxylum peruiferum) e lacre (Vismia guianensis), coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em Buíque (PE).

Segundo os pesquisadores, os testes, realizados com as cinco principais espécies de fungos existentes, demonstraram que os três óleos foram capazes de "matar" os micro-organismos. "É um dado importante para espécies nativas da Caatinga porque pode agregar valor às plantas e abre uma perspectiva para desenvolvimento de arranjos produtivos com estas espécies", diz o pesquisador Alexandre Gomes, do NBioCaat, rede de pesquisa articulada pelo Insa e UFPE.

O estudo também mostrou que um total de 62 compostos foi identificado nos óleos essenciais, sendo os sesquiterpenos (agentes de defesa) os mais representativos. Os compostos trans-cariofileno, δ-cadineno e óxido de cariofileno, que apresentam ação antimicrobiana, foram encontrados nas três espécies.

De acordo com Alexandre Gomes, agora, são necessários estudos complementares para compreender os mecanismos de ação dos óleos essenciais, bem como a toxicidade e a segurança do uso desses óleos em ensaios com animais. A candidíase é uma infecção causada por fungos de qualquer uma das mais de 20 espécies do gênero Cândida. Pode se manifestar nos seres humanos na forma oral e genital.

Clique aqui para acessar o artigo científico publicado pelos pesquisadores.

Fonte: MCTIC