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Mulheres são maioria na pós-graduação brasileira
Os dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) sobre o Sistema Nacional de Pós-Graduação apontam que as mulheres são maioria nessa modalidade da educação brasileira. Os números mais recentes, de 2015, indicam 175.419 mulheres matriculadas e tituladas em cursos de mestrado e doutorado, enquanto os homens somam 150.236, uma diferença de aproximadamente 15%.
Apenas na modalidade de mestrado acadêmico, as mulheres somaram 11 mil matrículas a mais que os homens e aproximadamente 6 mil títulos a mais foram concedidos a mulheres do nesse ano. A modalidade de doutorado também traz realidade semelhante, com um total de 54.491 mulheres matriculadas e 10.141 tituladas, ao passo que os homens somaram 47.877 matrículas e 8.484 títulos naquele ano.
Ainda que o crescimento da participação feminina seja uma realidade, existe uma série de desafios para uma plena igualdade de gêneros, inclusive na ciência e na pós-graduação. Áreas do conhecimento tradicionalmente masculinas, como Engenharias, Computação e Ciências Exatas e da Terra continuam com a presença maciça de homens, ainda que a perspectiva apresentada com os números dos últimos 15 anos seja de maior igualdade nessa relação.
Além disso, apesar de hoje, as brasileiras serem maioria da população, viverem mais, acumularem mais anos de estudo e terem aumentado ano a ano a responsabilidade por manter os domicílios do País, ainda ganham menos que os homens brasileiros e são vítimas de violência doméstica, deixando o Brasil com a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O rendimento médio mensal real das mulheres é menor que os homens: R$ 1.480 para mulheres e R$ 1.987 para homens, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2014). Na comparação, as mulheres receberam em média 74,5% do rendimento de trabalho dos homens em 2014.
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(CCS/Capes – com informações da Agência Brasil e CNPq)