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Ministro apresenta novo presidente do CNPq
O engenheiro aeronáutico João Luiz Filgueiras de Azevedo, pesquisador do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), foi apresentado, sexta-feira, 22, como novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes. Nomeado em janeiro, Azevedo tem histórico de atuação no CNPq como membro do Comitê de Assessoramento de Engenharias Mecânica, Naval e Oceânica e Aeroespacial e é bolsista de Produtividade em Pesquisa desde 1992. Além disso, é professor colaborador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
A cerimônia aconteceu na sede do Conselho, em Brasília, com a presença de representantes da comunidade científica, gestores de instituições públicas e privadas e embaixadores de diversos países.
Durante a cerimônia, Azevedo destacou o desafio de presidir o CNPq, destacando que um dos pontos mais importante de sua gestão será apoiar e impulsionar a pesquisa básica. "É preciso compreender que o apoio à pesquisa de base é fundamental para que se possa chegar a inovações, produtos ou processos que tenham impacto no bem estar do cidadão comum. Se somos capazes de fazer inovação hoje é porque a pesquisa já foi realizada no passado, a ciência foi feita e o conhecimento já foi gerado e dominado. Não há inovação sem pesquisa prévia que gere o conhecimento necessário para o desenvolvimento do produto ou do processo inovador", apontou.
A pesquisa básica também foi apontada pelo ministro Marcos Pontes como essencial para o desenvolvimento das inovações. "Muitas vezes, as inovações disruptivas aparecem de lugares que a gente nem imaginava que poderiam sair. É importante sempre ter em mente essa necessidade da pesquisa básica", disse.
O presidente do CNPq falou, ainda, sobre a importância de fazer do Brasil um país mais competitivo nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação. "Hoje em dia se fala muito em inovação por razões bastante claras, e, obviamente, em função das necessidades do país de se manter competitivo nos diversos setores da nossa economia", afirmou o presidente.
Por fim, Azevedo apontou a necessidade de reforçar a estrutura do CNPq, com a reestruturação do quadro de servidores, a modernização dos sistemas de informática e plataformas usadas pela comunidade científica, além das questões orçamentárias. Para ele, é imprescindível recompor o orçamento da agência antes de qualquer decisão.
A preocupação com os recursos para ciência e tecnologia foi compartilhada pelo ministro. "Nos últimos anos, viemos perdendo prestígio, perdendo orçamento e essa situação tem que ser revertida e, para ser revertida, temos que trabalhar em conjunto. Nós temos muitas ideias dentro das comunidades cientificas e nós precisamos usar essas ideias", explicou Pontes.
Segundo o ministro, a luta por uma recomposição orçamentária é um desafio, mas pontua que, com um bom trabalho e retorno positivo para o país, é possível mudar o cenário para o próximo ano. Pontes afirmou que o orçamento depende dos projetos que serão trabalhados e das conversas com o legislativo e outras instituições. "Esse é um trabalho integrado, não é só do ministério, não é só do CNPq ou qualquer outra estrutura isolada, é de todos nós em conjunto. Tenho certeza que temos capacidade intelectual de sobra para chegar nesse objetivo", concluiu.
O ministro acredita que, para o país potencializar sua atuação em ciência e tecnologia, além desse trabalho integrado, é preciso investir em ações voltadas para o ensino fundamental e médio, motivando os jovens a pensarem nas carreiras de ciência e tecnologia; na formação de professores de ciências; em cursos técnicos voltados para infraestrutura de pesquisa; no suporte ao pesquisador e às tecnologias aplicadas.
Veja, aqui, o discurso do Presidente do CNPq na íntegra.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq