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MCTIC libera R$ 234,8 milhões para institutos e para pesquisas voltadas ao combate do zika
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse nesta segunda-feira (19) que o orçamento é uma das prioridades da sua gestão. Durante cerimônia de assinatura de convênios referentes a três editais lançados em 2016 destinados a institutos e ‘a pesquisa sobre o vírus zika, com valor total de R$ 234,8 milhões, o titular da pasta assinalou que os recursos disponibilizados às chamadas públicas são a prova do empenho do ministério em manter a continuidade dos investimentos em pesquisa, ciência e inovação no Brasil.
“A questão de recursos é uma prioridade para todos nós do ministério. Hoje damos uma demonstração para que possamos criar o mínimo de condições para a continuidade do desenvolvimento da ciência, das pesquisas e da inovação em nosso país. Não há crise em nenhum país do mundo se há investimentos em pesquisa, ciência e educação. Sem investir nessas áreas, dificilmente um país consegue atravessar uma crise econômica”, afirmou.
As chamadas têm o objetivo de selecionar projetos de pesquisa de combate ao vírus zika e apoiar os institutos de pesquisa ligados ao MCTIC e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). “São projetos como esses, por meio dos convênios que assinamos, que nos permitem de maneira emblemática mostrar que vamos continuar nesse esforço bastante intenso para, efetivamente, termos uma situação de normalidade e continuidade das nossas ações”, disse.
Reconhecimento internacional
Na chamada pública contra o zika, no valor de R$ 27,5 milhões, serão apoiados projetos de pesquisa e desenvolvimento. Entre as propostas selecionadas estão o aperfeiçoamento de tecnologias para exame de imagens visando ao diagnóstico precoce de alterações neurológicas; o aprimoramento de tecnologias de criação de inseto estéril; o desenvolvimento de linhagens de mosquitos geneticamente modificados; e a determinação das estruturas das proteínas virais e seus receptores para elucidação dos mecanismos de infecção e suas consequências, assim como para o desenvolvimento de vacinas.
Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, a celeridade da comunidade científica em buscar soluções para a zika no País foi reconhecida internacionalmente. “A doutora Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde [OMS], disse que a superação desse problema tão significativo passa pelo Brasil. Ou seja, a capacidade de resposta fundada pelo sistema brasileiro de ciência e tecnologia e o Sistema Único de Saúde é algo exemplar para nossa experiência de atuarmos conjuntamente e, também, do ponto de vista de uma resposta de coordenação com o que foi feito no Brasil e cooperação a nível nacional e internacional”, afirmou.
No que se refere à zika, o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Wanderley de Souza, endossou que a ciência brasileira passou a ser reconhecida no mundo inteiro. “O edital da zika foi uma resposta muito rápida, talvez a mais rápida que eu tenho vivenciado da comunidade científica brasileira para um problema real. A participação da ciência brasileira nessa questão é hoje reconhecida em todo o mundo”, ressaltou.
Sinergia
O segundo edital, no valor de R$ 193 milhões, foi destinado a laboratórios multiusuários dos institutos vinculados ao MCTIC para fortalecer os centros por meio da aquisição e da manutenção de equipamentos e a contratação de pessoal qualificado.
“Esperamos que os institutos sintam os impactos positivos desses recursos. Um dado positivo: se por um lado temos carência de recursos, por outro, há sinergia entre o setor produtivo brasileiro e os institutos e universidades. E isso pode, sem dúvida alguma, aumentar significativamente a produtividade dos recursos que estão sendo colocados à disposição”, afirmou o presidente da Finep, Marcos Cintra.
Já a chamada de apoio institucional, no valor de R$ 14,3 milhões, oferece as condições para o desenvolvimento de atividades estratégicas de pesquisa científica e tecnológica no País em diversas áreas. Serão beneficiadas ICTs como o Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Fonte: MCTIC