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João Pessoa sediou o maior evento da Fonoaudiologia da América Latina

publicado: 09/11/2022 15h00, última modificação: 09/11/2022 15h04
O evento contou com apoio da Fapesq, por meio do Edital de Eventos
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A Fonoaudiologia, que se ancora em uma ciência bastante ampla, engloba diagnóstico, prevenção, reabilitação e potencialização de habilidades impactadas por disfunções biológicas e comportamentais em aspectos da fala, da voz, da escrita, da leitura, da audição e da linguagem. Aspectos estes que podem limitar o desenvolvimento pessoal e profissional da população de todas as idades em diversas fases de sua vida e que, por isso, estiveram em foco na maior reunião de profissionais da Fonoaudiologia da América Latina, que aconteceu de 19 a 22 de outubro, no Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, presidida atualmente pelo paraibano Dr. Leonardo Lopes, o evento contemplou mais de 700 temas apresentados por representantes do Brasil e do exterior de forma simultânea, em 19 salas e uma arena, além de uma feira de exposição com as principais soluções em produtos e serviços para o suporte do fonoaudiólogo no atendimento à população.

“Celebramos 30 anos do nosso principal evento, o primeiro pós-pandemia no formato presencial, discutindo assuntos que passaram por transformações profundas nos últimos dois anos em pessoas que nasceram, envelheceram, adoeceram ou interromperam tratamentos de doenças já existentes, como autismo, gagueira, AVC, câncer, entre tantos outros, com impactos em seu desenvolvimento comunicacional e social, e nas relações com estudos e trabalhos”, relata doutor Leonardo.

Alguns destaques do evento:

Lançamento do departamento de perícias fonoaudiológicas, trazendo temas de interesse não apenas dos profissionais da área, mas de toda a sociedade, a partir de apresentações como da “identificação de falantes em um estudo sobre fake news”.

“Na esteira desta complexa problemática, os falsos vídeos e áudios desenvolvidos via deep learning geram prejuízos morais e financeiros incalculáveis. Assim, num futuro muito próximo, a perícia brasileira deverá ser inundada por casos desta natureza, onde especialistas deverão debruçar-se para a solução de forma eficiente dos materiais audiovisuais concebidos por inteligência artificial, estabelecendo parâmetros objetivos, quantitativos e qualitativos, capazes de reconhecer o deepfake sobre processos vocais”, relata da Dra. Maria Inês Beltrati Cornacchioni Rehder, responsável pelo estudo.

Em uma outra sala, dedicada totalmente às artes vocais, foram explorados trabalhos inter e multidisciplinares para performance de cantores, atores, jornalistas e todos os demais públicos que atuam diretamente com a projeção profissional da sua voz. Um tema atual que foi apresentado neste espaço é a abordagem do “Sotaque em foco: estrangeiro, artístico e regional”

“Abordamos vários aspectos, buscando romper crenças sobre a necessidade de promover a neutralidade do sotaque, especialmente em casos de jornalistas, que não cabem mais na atualidade, devido a necessidade de valorização da nossa pluralidade”, relata dra. Deborah Feijó, moderadora da atividade e especialista com vasta experiência no preparo vocal de jornalistas de televisão.

Programas para famílias de crianças e jovens com necessidades complexas de comunicação, Atuação linguístico-cognitiva no envelhecimento, Desenvolvimento de linguagem típico e atípico na criança ouvinte e surda, A importância do brincar e do ambiente estruturado na prática clínica do transtorno do Espectro Autista (TEA), Análise de dados como ferramenta para o planejamento em saúde, Atualização em terapia dos transtornos motores da fala na infância, Novas tecnologias na reabilitação em fononcologia, Atendimento fonoaudiológico na população infantil: dos estímulos da amamentação à disfagia infantil e Política nacional de saúde da criança, adolescente, adulto e idoso.

(Com Ascom)