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Instituições de fomento à pesquisa discutem elaboração de um programa nacional

publicado: 14/02/2017 15h32, última modificação: 19/10/2018 09h51

 

Fundações de Apoio à Pesquisa de 15 estados do país, além de entidades nacionais de fomento à pesquisa e inovação, participaram, no dia 9 de fevereiro, de uma Reunião de Trabalho promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicação (MCTIC) e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Apoio à Pesquisa (CONFAP). Com o tema “Programas e instrumentos de apoio ao empreendedorismo de base tecnológica”, três mesas de debate se revezaram sobre questões, propostas, pesquisas e modelos de empreendedorismo de base tecnológica existentes ou aplicáveis ao Brasil. Para especialistas, Brasil precisa transformar conhecimento em geração de riqueza.

O secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação, Alvaro Prata (SETEC/MCTIC), afirmou que “o Brasil tem conhecimento científico mas não consegue usá-lo amplamente para geração de riqueza econômica e em benefício da população”. Diante desse desafio, o secretário acredita que estruturar programas nacionais, discutindo com cada estado da federação suas diferentes realidades, bem como com as entidades de amparo à pesquisa pode ser o caminho mais produtivo para superá-lo.

Mais de 40 participantes discutiram a possibilidade da montagem de um programa nacional voltado para o empreendedorismo de base tecnológica. “Se tivermos condição de colocar o que se propõe em marcha, teremos cumprido nosso dever. Fala-se muito da economia, mas temos no conhecimento, nossa grande possibilidade. Os grandes investimentos do mundo caminham nessa direção”, disse Sergio Gargioni, presidente do CONFAP e da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

Muitos debatedores acentuaram a necessidade a realização de um esforço nacional, articulado com as FAPs, para colocar em movimento um processo de mobilização da sociedade, capaz de impactar na cultura na inovação e do empreendedorismo tecnológico brasileiro.

O presidente-diretor da FAPDF, Wellington Almeida, disse que “as boas experiência já consolidadas podem alavancar um programa nacional que atenda à demanda crescente das empresas de base tecnológica por programas mais estruturados de pesquisa e fomento”, afirmou.

Para dar continuidade ao processo iniciado nessa semana, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicação, Gilberto Kassab, enfatizou que um dos caminhos para sair da crise é aposta do empreendedorismo, pesquisa e inovação, “que esse possa ser um fórum permanente, reunindo-se presencialmente e virtualmente, com o apoio das agências de pesquisa. Somando esforços podemos ter de fato uma política de Estado”, afirmou.

Além dos presidentes das FAPs, participaram do workshop representantes da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Fonte: Assessoria de Comunicação da FAPDF