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Governador João Azevêdo (PB) anuncia investimento de R$ 11 milhões para a construção do radiotelescópio BINGO

publicado: 13/10/2021 15h51, última modificação: 13/10/2021 15h52
Autoridades da Secretaria Estadual de Educação e da Ciência e Tecnologia conhecem equipamentos que farão parte do radiotelescópio Bingo
Diego Rodrigo -Lavif- UAAeM - Autoridades da SEECT visitam instalações do BINGO UIRAPURU na UFCG.jpeg

Diego Rodrigo -Lavif- UAAeM - Autoridades da SEECT visitam instalações do BINGO UIRAPURU na UFCG

Na sexta-feira, (8/10), gestores da Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia estiveram no Laboratório de Metrologia (Labmet), da Universidade Federal de Campina Grande, onde são desenvolvidos projetos integrantes da colaboração para a construção do radiotelescópio Bingo. No mesmo dia, cumprindo agenda em Campina Grande, o governador João Azevêdo anunciou que o governo da Paraíba irá investir R$ 11 milhões na construção do radiotelescópio BINGO.

Na parte externa do Labmet está instalado um “outrigger”, é um equipamento de suporte, um radiotelescópio auxiliar ao radiotelescópio BINGO. Através dele, tanto estudantes quanto pesquisadores fazem testes, treinamentos e se familiarizam com a tecnologia.

Os secretários da SEECT Claudio Furtado, Rubens Freire (Executiva de C&T) e o presidente da Fapesq-PB Roberto Germano conheceram o potencial deste projeto de testes e de treinamento que leva o nome “Bingo Uirapuru”. Este  “outrigger” tem o formato de uma “antena corneta”. “Esta corneta é igual a uma das 28 cornetas que estarão no radiotelescópio BINGO. O conjunto dessas 28 cornetas no BINGO terão a finalidade de explorar aspectos da matéria escura, entre outros estudos. Mas esta corneta sozinha, o Uirapuru, tem a característica para estudo de pulsares conhecidos, que é outro objeto de estudos”, explica o professor Dr. Luciano Barosi, coordenador da colaboração Bingo na Paraíba.

O Uirapuru é a primeira corneta de uma rede de radiotelescópios auxiliares do radiotelescópio BINGO que irão, juntos, melhorar a captação de sinais no cosmos. Em nomes técnicos, é uma  “interferometria” de longa distância: vários radiotelescópios auxiliares trabalhando em conjunto, como um “interferômetro” para o radiotelescópio BINGO.

Além do BINGO Uirapuru, a UFCG desenvolve o projeto de extensão que integra a divulgação científica e comunicação dos trabalhos desenvolvidos na colaboração BINGO, junto à rede estadual de ensino e outras escolas.

O Secretário Estadual de Educação e Ciência e Tecnologia, Claudio Furtado, o Secretário Executivo de Ciência e Tecnologia, Rubens Freire, e o Presidente da Fapesq-PB, Roberto Germano, puderam conhecer o funcionamento do Bingo Uirapuru e os demais projetos; conversaram com os pesquisadores responsáveis pelos projetos e com os estudantes.

Governo da Paraíba investirá R$ 11 milhões na colaboração BINGO - No último compromisso marcado na Reitoria da Universidade Estadual da Paraíba,  da agenda do dia 08/10, cumprida pelo governador João Azevedo em visita à Campina Grande, o governador anunciou investimentos de R$ 11 milhões para a concretização do projeto BINGO, pelo Estado da Paraíba. “O governo federal entrou com R$ 1 milhão. É essa a forma de demonstrarmos o respeito pela ciência. Eu sei a importância desse equipamento para a Paraíba, não só para a área de pesquisa, mas até para o turismo”, disse o governador.

A colaboração Bingo tem como maior financiador a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que já garantiu recursos da ordem de R$ 12 milhões, além de parcelas menores provenientes através do MCTI, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pelo governo da Paraíba através da Fapesq, e pela Universidade Yangzhou, da China, totalizando R$ 14 milhões.

O BINGO - BINGO é um anagrama para “Baryon Acoustic Oscillations from Integrated Neutral Gas Observations” - “Oscilações Acústicas Bariônicas em Observações Integradas de Gás Neutro”. É o projeto para a construção de um radiotelescópio no município de Aguiar, sertão da Paraíba. É o primeiro grande projeto astrofísico gerido preponderantemente por brasileiros, com colaboração internacional com a participação de pesquisadores da China,  Inglaterra, França, Alemanha, Portugal, África do Sul e Suíça.

Márcia Dementshuk (Assessoria SEC&T)