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ARTIGO CIENTÍFICO - DA CIÊNCIA PARA VOCÊ
Forma e química do otólito como ferramentas para investigar a conectividade populacional da tainha branca (Mugil curema) na costa atlântica do nordeste brasileiro

Autora: Diele Emele Pontes Carvalho de Lima (Doutora em Ecologia e Conservação/Departamento de Ciências Biológicas do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação PPGEC/UEPB, vinculada ao PELD RIPA
Orientador: André Luiz Machado Pessanha (Prof. Dr. em Biologia Animal/Departamento de Ciências Biológicas do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação PPGEC/UEPB, vinculado ao PELD RIPA)
O estudo contou com apoio do Governo do Estado e Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq).
O artigo “Otolith shape and chemistry as tools for investigating the population connectivity of the white mullet (Mugil curema) on the Atlantic north-eastern Brazilian coast” foi recentemente publicado na revista Regional Studies in Marine Science, como um dos produtos da minha tese de doutorado, desenvolvida sob orientação do Prof. Dr. André Luiz Machado Pessanha. O trabalho contou com a parceria internacional do Prof. Dr. Alberto Teodorico Correia (Portugal), durante meu período de doutorado sanduíche. Esse trabalho foi realizado com financiamento CAPES (Bolsa local e no exterior).
A pesquisa investigou a conectividade populacional da tainha (Mugil curema) na zona costeira do estado da Paraíba. Essa espécie apresenta grande importância ecológica e comercial, tendo em vista que realiza migrações entre diferentes ambientes costeiros contribuindo para o fluxo de energia nos ecossistemas e representando uma importante fonte de alimento e renda para comunidades ribeirinhas.
Para o estudo, foram analisados os otólitos (estruturas calcificadas do ouvido interno dos peixes), que funcionam como uma espécie de “impressão digital” e permitem entender através de sua forma e quimica como diferentes populações dessa espécie estão conectadas ao longo da costa da Paraíba. Os resultados da pesquisa indicaram a influência da proximidade dos sistemas estuarinos na zona costeira como áreas importantes para indivíduos subadultos.
Os resultados desta pesquisa ajudam a compreender melhor a dinâmica populacional da espécie e oferecem subsídios para o manejo sustentável dos estoques pesqueiros, de forma a garantir tanto seu papel ecológico na natureza quanto a continuidade desse recurso para as comunidades que dependem da pesca artesanal.
Confira o artigo completo: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352485525004591?via%3Dihub
Currículo Resumido de Diele Emele Pontes Carvalho de Lima
Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Mestre em Ecologia e Conservação pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Doutora em Ecologia e Conservação pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). No período de junho a julho de 2023 realizou estágio doutoral em Portugal no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) em que desenvolveu atividades voltadas para o estudo da química de otólitos como ferramentas de avaliação dos estoques pesqueiros e conectividade costeira. Realizou o Doutorado Sanduíche em Portugal (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental) entre os meses de maio e agosto de 2024. Atua na área de ecologia de peixes estuarinos e marinhos com ênfase na dinâmica e conectividade costeira. Membro do Laboratório de Ecologia de Peixes da UEPB
Currículo Resumido de André Luiz Machado Pessanha
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1997), mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2000) e doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é professor da Universidade Estadual da Paraíba no curso de Ciências Biológicas no campus I, Campina Grande. Tem experiência na área de Ecologia de Peixes, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia trófica, ecologia de peixes de ambientes costeiros rasos (praias e estuários), e poluição marinha.