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Fapesq premia alunos em concurso de redação sobre ciência

publicado: 27/11/2020 13h39, última modificação: 02/12/2020 13h42
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Por Renato Félix

A cerimônia de premiação do Concurso de Redação da Fapesq 2020 foi realizada ontem, no Centro de Convenções de João Pessoa, durante o encerramento da Expotec 2020. Quatro alunos foram premiados – em vez dos tradicionais três – porque houve um empate no primeiro lugar. O tema deste ano foi "Inteligência artificial: a nova fronteira da ciência brasileira", o mesmo da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Roberto Germano, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq-PB), apresentou a cerimônia e conversou por videoconferência com alunos premiados e seus professores, que não estiveram presentes por conta da pandemia do novo coronavírus. Dividiram o primeiro lugar os estudantes David Naamã Melo de Figueiredo, da escola Matildes de Melo Buriti, de Pedra Lavrada, e José Mateus Ismael Lima, da Escola Cidadã Integral José Vitorino de Medeiros, de Sossego. O segundo lugar ficou com Francisco Ryan de Oliveira Araújo, da Escola Cidadã Integral Técnica Nobel Vita, de Coremas. E o terceiro, com Roberto Ferreira de Lima, Escola Cidadã Integral Técnica Alfredo Pessoa de Lima, de Solânea.

Os estudantes receberão medalhas e certificados. Após o período de pandemia, também participarão de visitas técnicas ao Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em Campina Grande, e às instalações do curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da UFPB, em João Pessoa. As duas escolas dos primeiros lugares receberão troféus e as duas professoras orientadoras – Adna dos Santos Sousa, de David, e Silvana Maria Barbosa de Medeiros, de José Mateus - recebem certificado de participação e vão acompanhar os estudantes nas visitas técnicas.

O concurso é um incentivo para que os jovens reflitam sobre a ciência. “É uma visão de popularizar a ciência para que esses alunos já cheguem à universidade com esse arcabouço teórico, conhecimento e familiarização com a temática da ciência no seu dia-a-dia”, comentou o presidente da Fapesq.

“É lícito postular o negacionismo presente na mentalidade populacional como um agravante do entrave. De forma análoga, o renomado físico alemão Albert Einstein defende uma tese baseada no crescimento significativo da mente aberta a novas ideias. No entanto, observa-se uma elevada resistência dos cidadãos quanto à presença da automação científica no cotidiano contemporâneo, haja vista que a maioria da população ainda não aceita a supremacia da máquina sobre o ser humano em determinadas situações, ora pela falta de conhecimento, ora pela mistificação enraizada na cultura popular”
(Trecho da redação de David Naamã de Figueiredo, de Pedra Lavrada)

“Apesar de tais impactos positivos, verifica-se que a desigualdade econômica é um entrave que impede a utilização homogênea da inteligência artificial no Brasil. Isso ocorre porque, pela existência de uma má distribuição dos recursos financeiros, diversos indivíduos não têm disponibilidade econômica para a compra de produtos tecnológicos, uma vez que, na maior parte dos casos, possuem recursos somente para a sua alimentação. Desse modo, a maioria das pessoas ficam sem o acesso às tecnologias com capacidade artificial, o que resulta em uma restrição do uso de tais inovações apenas para a população mais abastecida economicamente, gerando uma grande segregação dos indivíduos pobres que ficam sem o acesso aos benefícios propiciados pela inteligência artificial”.
(Trecho da redação de José Mateus Ismael Lima, de Sossego)