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Covid-19
Equipe da UFPB pesquisa e defende assistência materno infantil à distância frente a pandemia de Covid-19
A Paraíba vem adotando medidas sociais necessárias, a fim de minimizar os impactos decorrentes da Covid-19 na vida das pessoas em vulnerabilidade social, dentre elas crianças prematuras e mulheres puérperas (que tiveram filho recente). Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), está analisando a assistência materno infantil frente a pandemia de Covid-19. O trabalho é fruto de projeto de pesquisa que conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia, por Edital da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Seect/Fapesq).
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Altamira Reichert, o Ministério da Saúde recomenda que as consultas de acompanhamento realizadas no recém-nascido prematuro assintomático sejam provisoriamente suspensas. No tocante a assistência obstétrica, o Ministério da Saúde inseriu gestantes de baixo e alto risco e puérperas no grupo de risco de desenvolver Síndrome Respiratória Aguda Grave decorrente do Covid-19, porém, o acompanhamento em saúde a esse grupo também foi suspenso em decorrência da pandemia.
O estudo compreende um projeto amplo desenvolvido por vários atores envolvidos com o ensino de graduação e pós-graduação stricto sensu da UFPB. A proposta metodológica objetiva responder algumas questões, entre elas, como está ocorrendo a assistência materno infantil no curso da pandemia de Covid-19? A assistência materno infantil no formato à distância ajudará na prevenção da Covid-19 e no cuidado materno infantil?
A pesquisa foi desenvolvida na Maternidade Frei Damião, em duas etapas: Quantitativa com um estudo transversal, do tipo documental, nos prontuários de lactentes que nasceram prematuros, egressos do ambulatório de uma maternidade pública no município de João Pessoa, no Estado da Paraíba, que se destina a traçar o perfil e mensurar as consultas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento dessas crianças, como também, em prontuários de mulheres egressas do serviço de Covid-19, da referida maternidade. A etapa Qualitativa é um estudo exploratório descritivo que analisa as falas das mães/mulheres e de profissionais de saúde que atendem as crianças no referido ambulatório.
A coleta de dados ocorreu em Prontuários de lactentes que nasceram prematuros e de mulheres egressas do serviço de COVID-19, e entrevista com mulheres/mães de lactentes e Profissionais de Saúde; Consulta à Distância para acompanhamento da saúde materno infantil e prevenção da Covid-19; e Avaliação da Consulta à Distância de acompanhamento da saúde materno infantil e prevenção da Covid-19.
Para a pesquisadora, com esse estudo espera-se contribuir com as práticas dos profissionais de saúde para a promoção da saúde de crianças que nasceram prematuras, e de mulheres, no que concerne a prevenção da Covid-19 e promoção do crescimento e desenvolvimento infantil saudável no formato à distância, tendo em vista que estas crianças apresentam vulnerabilidade, como também, sensibilizar os profissionais de saúde para incorporar a consulta online à criança que nasceu prematura e às mães/mulheres, no período da epidemia do Covid-19, para não descontinuar o cuidado e evitar agravos.
“Acreditamos que esse modelo de cuidado em saúde poderá se perpetuar para além da pandemia de coronavírus, tendo em vista sua potencialidade de agregar muitas pessoas num só momento, pois muitas dessas não conseguem ter acesso aos serviços de saúde, então, poderemos prestar uma assistência à distância, desde que sejam em situações de baixa complexidade”, enfatizou Altamira.