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De saúde à energia: empreendimentos científicos fortalecem ecossistema de inovação paraibano

publicado: 28/11/2022 11h25, última modificação: 29/11/2022 10h29
Projetos receberam apoio da Fapesq para levar soluções inovadoras à população
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O estado da Paraíba tem se consolidado como berço de pesquisas científicas que propõem soluções inovadoras. Garantir que essas ideias sejam desenvolvidas e tornem-se projetos com aplicação prática é um trabalho desafiador, mas que oferece resultados positivos para diferentes aspectos da vida em sociedade.

A Seniortech é um dos projetos que chegou ao mercado. Criada em 2020, por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a startup tinha a proposta de criar um sistema de monitoramento para a saúde dos idosos que contribuísse para a prevenção de doenças. A ideia surgiu a partir da compreensão de que o envelhecimento da população tem criado uma demanda por cuidados específicos de saúde, e que a tecnologia pode ser uma aliada nesse processo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem hoje mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

Para isso, os pesquisadores desenvolveram um sistema de monitoramento remoto, associando smart watches (relógios inteligentes) ao processamento de inteligência artificial, o que permitiu a geração de um relatório em tempo real sobre a saúde dos idosos. O trabalho tem impacto positivo na população, como avalia o pesquisador e integrante da startup, Paulo Eduardo e Silva Barbosa. “Os resultados têm sido positivos, pois há um déficit de soluções eficazes para essa demanda”, analisa. No entanto, ele relata que assegurar a monetização sustentável do projeto ainda é um desafio. 

Consumo consciente de energia

Outro projeto desenvolvido por pesquisadores paraibanos que já tem apresentado resultados para a população local é o LiteMe Maps da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Através do uso da inteligência artificial, a ferramenta permite o mapeamento do consumo de energia elétrica a fim de identificar pontos de atenção para consumidores de alta demanda, como empresas, universidades, prefeituras, dentre outros.

Além de gerar o histórico de uso de energia e um relatório de dados, a plataforma realiza o monitoramento georreferenciado, mostrando em tempo real as unidades de consumo. A tecnologia possibilita avaliar eventuais falhas, assim como, perceber oportunidades de economia.

Programa de aceleração apoia desenvolvimento de soluções para o mercado

Tanto a Seniortech quanto o LiteMe participaram do programa de aceleração Capa.CITTA do Centro de Inovação e Tecnologia Telmo Araújo (CITTA), executado pela Wylinka com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e contou também com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), por meio do Programa Centelha.

Capa.CITTA selecionou 15 soluções com potencial de mercado, que estavam em fase de criação ou desenvolvimento, para participarem de uma jornada de aceleração durante cinco meses. Nesse período, as equipes participaram de workshops, mentorias e consultorias, com a proposta de amadurecer os projetos e inseri-los no mercado.

A gestora de Projetos da Wylinka, Jenifeer Oliveira Duarte Sartorello, explica que o programa busca fazer a ponte entre as inovações propostas por pesquisas científicas e a sociedade. “O objetivo é romper os muros da faculdade e levar a pesquisa, a tecnologia que está sendo desenvolvida na academia, nos mestrados e pós-graduações para realmente resolver problemas reais.”

Os outros projetos que participaram do programa apresentaram soluções para as áreas de  saúde, tecnologia da informação e comunicação (TIC), recursos hídricos e energia.

(Com Ascom)

Foto: Freepik