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CTNBio aprova variedades de milho geneticamente modificado que podem ser importados dos EUA
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, nesta quinta-feira (6), em Brasília, a biossegurança de três variedades de milho geneticamente modificado. Duas das sementes aprovadas – 3272, da Syngenta Seeds e MON 87460, da Monsanto do Brasil – dependiam do aval da comissão para a importação dos Estados Unidos. A decisão da CTNBio abre caminho para a manipulação, transporte, comercialização, importação, exportação, armazenamento, consumo humano e animal e descarte no meio ambiente dos produtos.
"Esse milho que foi aprovado hoje é apenas para importação para uso humano e animal. O nosso parecer restringe para essa finalidade o milho a ser importado eventualmente pelas empresas de produção de ração animal no Brasil, ou seja, não reconhecemos a biossegurança para o plantio e cultivo das espécies", explicou a pesquisadora Maria Sueli Soares, uma das relatoras do processo na CTNBio.
"Avaliamos tudo como, por exemplo, a toxicidade das variedades. Foram gerados dados importantes. Houve questionamentos contraditórios dentro da CTNBio, o que é importante, pois é bom ouvir o contraditório para que a gente possa tomar uma decisão mais acertada", acrescentou.
Granjas e setores ligados à indústria animal aguardavam a decisão com expectativa devido ao aumento das exportações do cereal entre 2015 e 2016 e à queda da safra no primeiro semestre deste ano, o que poderia acarretar significativo aumento nos preços do milho no país.
"Nós não estamos aqui aprovando a importação. Estamos mostrando que esses dois eventos não causam efeitos diversos à saúde humana e animal, mas não é competência da CTNBio deliberar sobre a importação dessas variedades", esclareceu Soares.
Segundo ela, as espécies já são importadas por pelo menos uma dezena de países. "Canadá, Japão e vários países na Europa importam para uso humano e animal. Já o Canadá e os Estados Unidos liberaram o plantio em seus territórios."
A terceira variedade de milho aprovada pela CTNBio, a MON 87427, é voltado para tolerância ao herbicida glifosato.
Biossegurança
Ao avaliar e aprovar a liberação comercial de um produto, a CTNBio elabora um parecer que examina o risco associado ao organismo geneticamente modificado no que se refere à biossegurança para o uso proposto. Em seguida, a empresa precisa requerer ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a autorização e o registro do item a ser comercializado.
Fonte: MCTIC