Brasil e mais nove países discutem iniciativas em C&T para combater novo coronavírus

Ministros de Ciência e Tecnologia de 10 países conversaram por teleconferência, nesta segunda-feira (2), sobre medidas para combater o novo coronavírus (Covid-19). O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, representou o Brasil no diálogo, que teve a participação de Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Nova Zelândia. O objetivo, segundo Pontes, é trocar informações e construir iniciativas para lidar com a doença, construindo soluções científicas e tecnológicas conjuntas para enfrentamento de surtos e auxílio para ações por parte dos órgãos de saúde pública.

“A pesquisa científica oferece ferramentas que permitem identificar o genoma do vírus, determinar a variedade que circula no Brasil, como a propagação acontece, tratamentos, etc. Na reunião, nós tratamos sobre o que cada país tem feito em termos de pesquisa para auxiliar a parte de saúde; como podemos trocar e compartilhar dados; e como colaborar para ajudar nesse problema mundial”, afirmou.

Uma nova conferência entre os países deve acontecer na próxima semana. Já a respeito das medidas adotadas pelo Brasil, o ministro brasileiro destacou a rede para o enfrentamento de viroses emergentes (RedeVírus MCTIC), criada em fevereiro, com a participação do MCTIC, Ministério da Saúde, universidades e instituições de referência. A ideia é destinar R$ 10 milhões para uma chamada de pesquisa para o coronavírus.

“A RedeVírus MCTIC se constitui de pesquisadores e instituições diversas para trabalhar no coronavírus e casos semelhantes. A ideia é trabalhar com o Ministério da Saúde para destinar recursos para pesquisas de mapeamento do vírus e outras possibilidades de tratamentos e testes clínicos. É importante haver um eixo brasileiro desse esforço para estudarmos nossas condições e melhorarmos o entendimento global do vírus”, disse.

RedeVírus MCTIC

A RedeVírus MCTIC é coordenada pelo MCTIC, por meio da Secretaria de Políticas para Formação e Ações Estratégicas (Sefae), com participação do Ministério da Saúde e especialistas da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Universidade de São Paulo (USP), Fundação Oswaldo Cruz, Sociedade Brasileira de Virologia, Universidades Federais e Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Uma portaria prevista para ser publicada nesta semana vai definir os membros da rede que representam cada instituição.