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Bases de pesquisa do Inpa serão abertas ao turismo científico e ações de educação ambiental
As estações científicas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) na floresta serão transformadas em base para o turismo científico e ações de educação ambiental com a participação direta das comunidades locais. A ideia é atrair o público interessado no conhecimento científico produzido na maior floresta tropical do mundo. A Casa da Ciência, instalada num pedaço de floresta aberto à visitação no Inpa, em Manaus (AM), será a porta de entrada desse universo que o projeto Museu na Floresta quer mostrar.
"A gente não tem como trazer a biodiversidade da floresta para o museu, mas podemos usar as reservas do Inpa para divulgar o conhecimento científico", afirma a pesquisadora Vera da Silva, lembrando que o Bosque da Ciência recebe 150 mil visitantes por ano.
O projeto Museu na Floresta, uma parceria do Inpa com a Universidade de Kyoto, no Japão, terá R$ 5 milhões de investimentos da Agência de Cooperação Internacional Japonesa (JICA-Brasil) e da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia (JST). Os recursos serão usados para restaurar bases científicas do Inpa a exemplo da torre de observação e pesquisa de 42 metros usada para estudos sobre clima e floresta. Construída há 43 anos, a torre nunca havia recebido manutenção.
Outra base do Inpa que servirá de estrutura para o projeto Museu na Floresta é a Reserva do Cuieiras, uma área de 10 mil hectares destinada a pesquisas ecológicas e botânicas a 80 quilômetros de Manaus. No local, ribeirinhos, estudantes e profissionais com interesse na área ambiental vão receber capacitação.
"Tudo isso forma uma rede de estruturas para a popularização e a difusão da ciência", explica Vera da Silva. "A gente fala muito em preservação e educação ambiental, mas, se as pessoas não têm acesso, é difícil conseguir o apoio e a participação nas ações de conservação."
Fonte: MCTIC